Este vai ser o primeiro ano que Leonete Alves, de 70 anos, vai passar a data que comemora o “Dia das Mães” sem o filho, Apresentador de TV, Silvan Alves, que morreu aos 61 anos. Silvan foi o 02° filho que Leonete devolveu a Deus. A emblemática imagem, de uma idosa, se despedindo do filho, mostra o duro jogo da vida, onde as mães, as vezes, também perdem.
A maternidade, em suas tantas nuances, traz dores, dissabores, alegrias, motivações, incontestáveis experiências, um profundo amor inigualável.
A maternidade abre um leque infinito e acende uma força inexplicável nas mulheres.
Aqui neste texto, conheceremos
Jornalistas mães, de três, solo, atípica e jornalista que perdeu a mãe. Mulheres que se dividem entre contar histórias dos outros sem ter que perder suas próprias histórias, ao ter que viajar, a exemplo de Juliana Silveira, assessora, que tem uma rotina exaustiva, mas, que equilibra a balança do jeito MÃE DE SER. Somos ninjas, diz duvido?
A realidade é que o cenário materno é carregado de emoções afloradas, na dor e no amor, quando nasce um filho, nasce a mãe. E quando uma mãe chora, todas choram. No mais: Filhos, jornalistas, que contam histórias de centenas de personagens, mas, que nesta data, também não tem mais a sua parceira fiel, para festejar a data.
Em 2011, 2013 e 2015, a Jornalista Dalva Rêgo, trazia ao mundo o filho predileto, preferido e favorito. Um sonho antigo, impulsionado por um “amor para educar” assim ela define.
“Eu usar este sentimento para educar, orientar, formar seres humanos melhores do que eu. Quero muito que meus filhos sejam pessoas boas, justas, cidadãs dignas, que se importam com os outros, que sintam a dor do mundo e consigam fazer pelo mundo algo que o torne melhor” destacou a mãe de Vitor, Gabriel e Diego
Com 03 meninos em casa, a mamãe se desdobra para bater aquele bolão.
“O maior desafio sem dúvidas é o equilíbrio, eu me empenho para que seja um tempo de diversão, que gente faça coisas inesquecíveis juntos, um banho de piscina, uma ida a praia ou jogar bola” ressalta Dalva.
Para Laís Rocha, a maternidade solo, trouxe o desafio de conciliar trabalho, tempo para auto cuidado e o mais importante: a conexão com a criança. A mãe de Alice, diz que confia em sua rede de apoio e sempre deixa claro que reconhece: “Não dou conta de tudo!!”
“O maior desafio da maternidade solo é de equilibrar! Os ponteiros do relógio voam, os afazeres chamam e acabam roubando momentos preciosos da infância dos filhos com a gente num piscar de olhos. Ou, sendo bem realista, às vezes, estamos cansadas ou emocionalmente indisponíveis para alguma brincadeira, afinal, somos de carne e osso. Não há mãe perfeita, embora a gente doe nosso melhor” diz.
Juliana Silveira é empresária na área da Comunicação, a rotina profissional exige viagens frequentes e que a mãe administre com muito cuidado o desenvolvimento das filhas, muitas vezes, com uma enorme saudade no peito e com alguns quilômetros de distância.
“As vezes eu passo até metade do mês fora de casa e já tive uma fase que me senti muito culpada, peso muito grande pela ausência, mas, hoje enxergo de uma forma bem diferente, vejo que o meu esforço, trabalho, empenho, dedicação, minha profissão, irão fazer com que elas enxerguem e se inspirem em uma mãe que ama o que faz e obteve conquistas” destaca Juliana
Juntas e felizes, esta é a viagem mais importante na rota chamada: vida. Missão número 01, de Juliana.
“Considerando minha rotina, a prioridade é o tempo de qualidade, ter que superar o cansaço da viagem e ainda ter disposição para dar a elas o tempo que elas merecem, de qualidade. Só consigo fazer isso obviamente, pelo amor que eu tenho as minhas filhas” finaliza Silveira
Desafio é a palavra mais usada por todas. A Jornalista Amanda Aguiar, tem dois filhos, Jhonatan Pierre, de 09 anos e o caçula, Arthur Pietro, de 03. Aos dois anos o Arthur foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição neurológica que afeta a comunicação, interação social e comportamento da criança.
“No diagnóstico, a armadura de mãe se despedaçou e, ao mesmo tempo, se reconstituiu mais forte, mais resiliente e com uma capacidade imensurável de amar suas diferenças. Nessa árdua caminhada, a falta de apoio emocional e psicológico tonam a nossa luta solitária.
Além disso, temos constantes desafios diários, como lidar com comportamentos agitados, dificuldades na alimentação, sono e higiene” diz Amanda.
A comunicação se tornou ferramenta para buscar compreensão, empatia da sociedade em geral e suporte adequado.
“Somos movidas por muito amor, carinho e paciência com a criança.
Outro desafio é a complexidade em encontrar recursos e suporte adequado. O tratamento para o TEA pode ser caro e muitas vezes, precisamos lutar para conseguir acesso a terapias e serviços especializados, o amor movimenta esta luta” destaca Amanda
De toda forma, mães tem outro ponto em comum: Se culpam por muitas decisões e posturas, na caminhada.
“Eu já não me cobro mais tanto a respeito de estar trabalhando. Afinal, eu quero muito continuar trabalhando, amo meu trabalho e sei que isso vai importar muito para eles, assim, quando adultos, terão a percepção mais exata da da responsabilidade que é ter uma família” pontua Dalva
“Vai uma mensagem para todas as mães, que assim como eu, têm uma rotina muito puxada, intensa: Se amem, tenham tempo para si, cuidem da mente e do corpo para enfrentar os desafios da vida e da maternidade. Não se culpem, não se julguem, não se deixe abater pelos comentários dos outros, olhem sempre a maternidade com olhar de exemplo! Nós, mulheres, somos exemplos e referência para os nossos filhos” completa Juliana Silveira.
O reconhecimento dos que estão ao redor, também é importante, como faz Pedro Castro, esposo de Aline Cantanhede, mãe de primeira viagem.
“A Aline é uma mulher forte e muito determinada em tudo que faz, ao longo desses anos tenho admiração e amor muito grande por ela, amor esse que que se traduz na nossa pequena Ana Liz, que nós faz muito felizes. A Aline é uma mãe carinhosa, cuidadora, protetora, é a mãe mais linda que eu conheço” diz Pedro.
Recadinho do amor:
Aline, Feliz dia das mães! Do seu marido e da sua filha, Ana Liz. Te amamos!!!
Todos os relatos levam a um objetivo em comum, mulheres que se dedicam em criar, instruir e encorajar filhos que farão a diferença no mundo, missão que também era da mãe de Rayssa Alves, que morreu em 2013.
Nós, Jornalistas, nos movemos profissionalmente escrevendo sobre outras vidas. A Jornalista Rayssa Alves, há alguns anos, escreve sobre muitas mães, mas, sente a dor e a saudade de não ter a sua por perto.
“Ela sempre me apoiou na decisão de ser jornalista, foi ela quem levou meu currículo para TV Mirante de Santa Inês, me levou ao trabalho e deixava claro que, embora eu já trabalhasse, eu tinha família, tinha uma mãe que se preocupava comigo. Ligava a TV todo dia, foi assim por mais de 10 anos” diz Rayssa emocionada
Mas, no final, de fato, as mães vencem, pelo amor!
“Ela não viveu pra ver todas as minhas conquistas na carreira, mas, deixou seu legado no meu coração. Fazer Jornalismo e ser Jornalista, enfim, é ter que negar todos os dias uma proposta indecorosa, engolir alguns desaforos, mas, saber que ser íntegro nunca será um erro. E sempre dará certo. Minha mãe me ensinou isso, graças a Deus, ela cumpriu sua missão de forma honrosa.” finaliza Rayssa.
Encerro esta matéria emocionada, e digo: Se não fosse pelas minhas filhas, eu não teria lutado tanto para estar bem, e veja só, escrevendo, vivendo o tempo de qualidade e com objetivos de lançar duas flechas. Que Deus abençoe a cada mamãe de todo o mundo. Gratidão a minha também, que enfrentou de tudo, até viol3ncia doméstica, mas, hoje estamos aqui, de pé!
Feliz dia!!!! Todo dia!!!!!
